Questão resolvida sobre herança do formato da asa e da cor dos olhos em drosófilas, da UFU

(UFU/2023-2) Um pesquisador, interessado em compreender o tipo de interação entre o formato da asa e a cor dos olhos em dois grupos hipotéticos de diferentes espécies de pequenas moscas, realizou duas experimentações conforme descrito a seguir.
*  Experimento 1: Em determinado grupo de pequenas moscas, um par de alelos determina o formato de asa normal ou reduzida, enquanto outro par determina a cor dos olhos, marrom ou vermelha. O cruzamento entre moscas puras de asas normais e olhos marrons com moscas puras de asas reduzidas e olhos vermelhos produziu uma geração 100% di-híbrida. Um casal dessa geração F1 foi cruzado e o resultado foram 140 moscas de asas normais e olhos marrons, 50 moscas de asas normais e olhos vermelhos, 42 moscas de asas reduzidas e olhos marrons e 13 moscas de asas reduzidas e olhos vermelhos.
* Experimento 2: Em outro grupo de pequenas moscas, asa selvagem é dominante sobre asa em miniatura; olho selvagem (marrom-avermelhado) é dominante sobre olho vermelho. Fêmeas selvagens puras foram cruzadas com machos de asa miniatura e de olhos vermelhos. As fêmeas da geração F1 foram cruzadas com machos recessivos, produzindo a seguinte descendência: 48,5% asa selvagem e olho selvagem; 48,5% asa miniatura e olho vermelho; 1,5% asa selvagem e olho vermelho; e, 1,5% asa miniatura e olho selvagem.

Esses dados indicam que os alelos de ambas as características nos dois experimentos estão, respectivamente,

A) ligados a um cromossomo sexual e em interação epistática.
B) no mesmo par de cromossomos homólogos e em interação poligênica.
C) em diferentes pares de cromossomos homólogos e ligados em configuração cis.
D) ligados em configuração trans e em diferentes pares de cromossomos homólogos.

RESOLUÇÃO:
Cruzamento inicial:
P: asas normais, olhos marrons (puros) × asas reduzidas, olhos vermelhos (puros)
→ Geração F1: 100% di-híbrida (Asa normal/asa reduzida e Olho marrom/olho vermelho)

Cruzamento F1 × F1 → Resultados da F2:

140 normais/marrons ; 50 normais/vermelhos; 42 reduzidas/marrons; 13 reduzidas/vermelhos

Em um di-hibridismo com segregação independente, o esperado seria 9:3:3:1, ou seja:

9/16: normal/marrom
3/16: normal/vermelho
3/16: reduzida/marrom
1/16: reduzida/vermelho
Fazendo as proporções reais:
Total: 140 + 50 + 42 + 13 = 245
Proporções aproximadas:
140 ≈ 9/16 (corresponde ao fenótipo mais comum)
50 e 42 ≈ 3/16
13 ≈ 1/16

 Conclusão: as características se segregam independentemente, ou seja, estão em diferentes pares de cromossomos homólogos, sem ligação gênica.

Experimento 2 – análise dos dados
Cruzamento inicial:
Fêmea selvagem pura × macho duplo recessivo
→ Geração F1: heterozigotas com fenótipos dominantes

Cruzamento teste (fêmea F1 × macho recessivo) → Resultados:
48,5% asa selvagem e olho selvagem
48,5% asa miniatura e olho vermelho
1,5% asa selvagem e olho vermelho
1,5% asa miniatura e olho selvagem

Neste caso, dois fenótipos apareceram em alta frequência (48,5% cada) e os outros dois em baixa frequência (1,5%).
Isso indica ligação gênica com permutação (crossing-over). Os dois fenótipos mais frequentes representam os parentais, e os menos frequentes são os recombinantes.
Além disso, como os genes estão ligados e os fenótipos parentais aparecem juntos, dizemos que estão em configuração cis
Conclusão: os genes estão no mesmo cromossomo (ligados) e em configuração cis.
Resp.: C

VEJA TAMBÉM:
Questão resolvida sobre genes ligados, da Udesc 2016
Resolução da questão sobre genes ligados, da Mackenzie
Questão resolvida sobre herança de caracteres de drosófilas, da UFPI

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