(UFRJ) Alguns centros de pesquisas na Inglaterra estão realizando um programa de triagem populacional para detectar a fibrose cística, uma doença autossômica recessiva grave, particularmente comum em caucasianos. Toda pessoa na qual o alelo recessivo é detectado, recebe orientações a respeito dos riscos de vir a ter um descendente com a anomalia. Um inglês heterozigoto para essa característica é casado com uma mulher normal, filha de pais normais, mas cujo irmão morreu na infância, vitima de fibrose cística. Calcule a probabilidade de que esse casal venha a ter uma criança com fibrose cística. Justifique sua resposta.
RESOLUÇÃO:
Do enunciado, tem-se que:
Pessoas fibrocísticas: aa
Pessoas normais: AA ou Aa.
Inglês: Aa (heterozigoto)
Mulher normal: A- (não sabemos se seu genótipo é AA ou Aa).
Considerando a família da mulher, é possível construir o seguinte heredograma:
Como o casal teve uma criança afetada (aa), conclui-se que o casal é heterozigoto (Aa x Aa).
Então, fazendo o cruzamento tem-se:
Para que o casal “inglês heterozigoto x mulher normal” tenha uma criança afetada, a mulher precisa de ser heterozigota (Aa). Contudo, não podemos afirmar que ela é Aa. A probabilidade dela ser Aa é 2/3 (ver cruzamento acima).
Considerando então o cruzamento:
Inglês heterozigoto (Aa) x Mulher normal (Aa –> com probabilidade de 2/3), tem-se:
Observe que a probabilidade de nascer uma criança afetada é de 1/4 (se o casal for heterozigoto).
Como a probabilidade da mulher ser heterozigota é de 2/3, tem-se que a probabilidade final é de:
P = 1/4 x 2/3 = 1/6
Justificativa (própria resolução):
Inicialmente, determina-se a probabilidade da mulher ser heterozigota (2/3).
A probabilidade de um casal heterozigoto ter uma criança afetada é de 1/4.
Multiplicando-se a probabilidade da mulher ser heterozigota pela probabilidade de um casal heterozigoto ter uma criança afetada, chega-se à probabilidade final.
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